Escândalo no Carnaval 2025: Marcelo Rubens Paiva, Autor de ‘Ainda Estou Aqui’, é Agredido em Bloco de São Paulo
O Carnaval de São Paulo, famoso por seus blocos vibrantes e multidões animadas, foi palco de um episódio chocante neste domingo, 23 de fevereiro de 2025. Marcelo Rubens Paiva, renomado escritor brasileiro e autor do livro Ainda Estou Aqui — que inspirou o filme indicado ao Oscar —, foi brutalmente agredido durante o desfile do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, na Rua da Consolação. O que era para ser uma homenagem ao escritor e sua família se transformou em um pesadelo, deixando o público boquiaberto e as redes sociais em polvorosa.
Quem é Marcelo Rubens Paiva? Um ícone da literatura e da resistência
Antes de tudo, vale lembrar quem está no centro dessa polêmica. Aos 65 anos, Marcelo é uma figura icônica no Brasil. Autor de obras como Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui, ele transformou a tragédia pessoal — a desaparição de seu pai, Rubens Paiva, durante a ditadura militar — em arte que toca milhões. Tetraplégico desde os 20 anos, após um acidente, ele usa cadeira de rodas, mas isso nunca o impediu de brilhar, seja na literatura, no teatro ou no Carnaval, onde há 16 anos integra o Acadêmicos do Baixo Augusta como porta-bandeira honorário. Contudo, dessa vez, seu brilho foi ofuscado por um ato covarde.
O ataque em plena festa: o que aconteceu?
Durante o desfile, que celebrava a história da família Paiva e o sucesso do filme Ainda Estou Aqui, Marcelo foi surpreendido por um agressor na multidão. Segundo testemunhas, tudo começou com vaias e insultos. Em seguida, uma lata de cerveja voou em sua direção, atingindo-o. Não satisfeito, o agressor arremessou uma mochila que acertou o rosto do escritor, enquanto fazia gestos obscenos. “Foi uma cena de terror em meio à festa”, relatou um folião presente. Marcelo, visivelmente abalado, tentou reagir avançando até as grades, mas seguranças intervieram para evitar o pior.
Reação do escritor e o mistério do agressor
Logo após o incidente, Marcelo desabafou em entrevista à GloboNews: “Não entendi o porquê de jogar uma mochila na cara de um cadeirante que só quer se divertir. O Brasil está difícil”. Ele ainda ironizou, sugerindo que o agressor “não deve ter visto o filme”. Enquanto isso, o responsável pelo ataque fugiu sem sofrer consequências imediatas, o que gerou revolta entre os presentes e nas redes. Até agora, a identidade do agressor segue desconhecida, mas imagens do momento circulam online, com pedidos para que o público ajude a denunciá-lo à polícia.
O impacto nas redes e a divisão de opiniões
A agressão explodiu nas redes sociais, com hashtags como #MarceloRubensPaiva e #ViolênciaNoCarnaval viralizando no X. Fãs e admiradores lamentaram o ocorrido: “Atacar um ícone como ele, ainda mais em cadeira de rodas, é o fundo do poço”, escreveu um usuário. Por outro lado, alguns comentários sugerem motivações políticas, apontando o radicalismo de direita como pano de fundo, já que a obra de Marcelo critica a ditadura militar. “Bolsonaristas mostrando a cara outra vez”, acusou outro internauta. A produção do bloco condenou o ato em nota: “Repudiamos qualquer violência. Marcelo é nosso símbolo de luta e alegria”.
Um Carnaval manchado: o que vem por aí?
Enquanto o Acadêmicos do Baixo Augusta tentava seguir com a festa, o clima já não era o mesmo. O caso levanta questões sobre segurança nos blocos e a crescente polarização no Brasil. Além disso, coloca em xeque o espírito do Carnaval: seria a folia um espaço de união ou um campo de batalha? A polícia investiga o incidente, e a expectativa é que o agressor seja identificado em breve. Fique de olho, porque traremos atualizações assim que surgirem novidades!