Luto na Música: Roberta Flack, Voz de ‘Killing Me Softly’, Morre aos 88 Anos e Deixa o Mundo em Silêncio
O mundo da música acordou em choque nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025. Roberta Flack, a lendária cantora americana que encantou gerações com sua voz aveludada e hits inesquecíveis como Killing Me Softly With His Song e The First Time Ever I Saw Your Face, faleceu aos 88 anos. A notícia, confirmada por sua assessoria, pegou fãs e artistas de surpresa, encerrando uma carreira que definiu o soul e o R&B dos anos 1970 e influenciou o cenário musical por décadas.
Uma perda anunciada? O drama dos últimos anos
Nos últimos tempos, Roberta enfrentava uma batalha silenciosa contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), diagnosticada em 2022. A doença, que aos poucos roubou sua capacidade de cantar e falar, não apagou seu legado, mas deixou claro que o fim estava próximo. Segundo comunicado oficial, ela “partiu pacificamente em casa, cercada pela família, em Nova York”. Enquanto isso, especula-se que complicações cardíacas podem ter sido a causa final, embora detalhes ainda sejam aguardados.
De prodígio a ícone: a trajetória de Roberta Flack
Nascida em 10 de fevereiro de 1937, em Black Mountain, Carolina do Norte, Roberta era um prodígio musical desde cedo. Aos 15 anos, ganhou uma bolsa para estudar na Howard University, sonhando ser pianista clássica. No entanto, o destino a levou por outro caminho. Após anos como professora e acompanhante de cantores em bares de Washington, ela explodiu em 1969 com o álbum First Take. Foi em 1971, porém, que Clint Eastwood mudou sua vida ao usar The First Time Ever I Saw Your Face em Play Misty for Me, levando-a ao topo das paradas e ao Grammy de Gravação do Ano em 1973. Logo depois, Killing Me Softly consolidou seu reinado, rendendo outro Grammy em 1974 — façanha inédita na época.
Parcerias eternas e um vazio que não se explica
Além disso, suas colaborações com Donny Hathaway, como Where Is the Love e The Closer I Get to You, marcaram época, mas também trouxeram dor: a morte de Hathaway em 1979 abalou Roberta profundamente. Ela seguiu brilhando com hits como Feel Like Makin’ Love e duetos com Peabo Bryson, mas nunca escondeu a saudade do amigo. Agora, sua própria partida deixa um vazio irreparável. “Ela era mais que uma voz, era uma alma que transcendia gêneros”, disse Lauryn Hill, que regravou Killing Me Softly com os Fugees em 1996.
Repercussão mundial: o adeus nas redes
A notícia explodiu nas redes sociais, com hashtags como #RobertaFlack e #KillingMeSoftly dominando o X. Fãs lamentam: “Perdemos uma rainha que cantava o amor como ninguém”, escreveu um seguidor. Já Questlove, do The Roots, postou: “Obrigado, Roberta. Descanse em melodia”. Enquanto isso, a crítica relembra sua influência no “quiet storm” e no neo-soul, pavimentando o caminho para nomes como Alicia Keys e Erykah Badu.
Um legado que não morre
Roberta deixa um filho, o músico Bernard Wright, além de uma discografia que atravessa gerações. Sua última gravação, Running, de 2018, mostrou que, mesmo fragilizada, ela seguia apaixonada pela música. Por fim, o que resta é a certeza: sua voz ecoará para sempre. Fique ligado para mais detalhes sobre o velório e homenagens que já estão sendo planejadas.